EULÁLIA: A "Boa palavra" ou O QUE ARTE CURA

EULÁLIA: A "Boa palavra" ou O QUE ARTE CURA
Divulgação de um caminho: A Escrita Cura Criativa

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A propósito de "Rubaiyat" e de Omar Khayyam

A poesia enquanto meditação filosófica sobre a vida



O vasto mundo: um grão de areia no espaço.
A ciência dos homens: palavras. Os povos,
os animais, as flores dos sete climas: sombras.
O profundo resultado da tua meditação: nada.

Omar Khayyam



Para quem não sabe, aqui fica uma explicação simples:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rubaiyat

e um livro eletrónico, caso queira conhecer melhor:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/rubayat.pdf




quarta-feira, 14 de maio de 2014

Do veredicto ao...

... veredacto:

                                                                Gyula Derkovitz

Ela conversava com o mestre. Ele explicava-lhe a diferença entre um e outro conceito. Ela não entendia muito bem. Ele multiplicava-se em exemplos, mais ou menos eloquentes. Ela sentia que estava lá perto, mas faltava qualquer coisa para agarrar a compreensão. A diferença é tão subtil, dizia ela, que me escapa.
Isto passava-se numa esplanada. O mestre estava sentado a uma mesa com um grupo de amigos. Ela estava em pé dando a mão a uma criança do sexo masculino. Era Primavera. Vento suave. Calor do bom.
Este diálogo sobre a diferença entre os conceitos de veredicto e de veredacto prolongou-se bastante.
Recorda-se nitidamente de, em relação ao primeiro conceito, ele empregar as expressões: "sentença, julgamento, apreciação, decisão e resolução". Não se recorda de uma única em relação ao segundo. Sabe que ele usou muitas frases, descrições, imagens e metáforas, mas não se lembra de nenhuma. O mestre era um antigo aluno, um aluno brilhante que sabia sempre tudo acerca de tudo. A criança era o seu filho. Ela era ela, digo, eu.

Só entendi a diferença entre as palavras "veredicto" e "veredacto" quando acordei do sonho.
Um sonho muito eloquente:
Já chega de sentenças, julgamentos, apreciações, decisões e resoluções. É tempo de passar do dito ao... acto. Com "c".
Não sei se o meu corretor não aceitava o "veredacto" por ter um "c" a mais ou por achar que a palavra não existia. Quando alguém quer chatear, qualquer pretexto serve. Mas teve de aceitar o dito "veredacto" porque lhe dei ordem para o adicionar ao dicionário. Já está. Por decisão minha e veredacto meu. A partir de hoje passou a existir na língua mais uma palavra. Passei da palavra ao acto. Com "c". Deram-me força o menino e o jovem. Arquétipos de acção. Com dois "cc".

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Declaro:


Sob o botão
mais viçoso
do ramo
mais formoso
da árvore frondosa
mais airosa
do jardim
a
guardo
me


E agora a sério:

A escrita automática, as temáticas, a filosofia, a estética, as narrativas.
Deliciosamente incontornável. Como diria o filósofo:

http://www.tvi.iol.pt/melhor-do-que-falecer/videos/melhor-do-que-falecer-episodio-16/14134442

quinta-feira, 8 de maio de 2014

De Rumi a Camões



                                                              foto R, Museu do Traje

"No inverno, os ramos nus
que parecem dormir
trabalham em segredo,
preparando-se para a primavera."

Rumi, n. 1207 na Pérsia

"O tempo cobre o chão de verde manto
Que já coberto foi de neve fria"

Camões, n. 1524 em Lisboa

Rumi era sufi, Camões era cristão, separam-nos três séculos e muitas léguas, mas têm um olhar irmão: aquele que vê a natureza como um livro sagrado de conhecimento onde todos podem ler, bastando para isso ter os olhos abertos e o olhar profundo. 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sorridentemente

                                                              thislittleclassofmine.blogspot.com

Neste sítio se falará de letras, palavras e textos. Autores, livros e jogos. Com as palavras. É um blogue para brincar com a literatura, actividade que levo muito a sério. Sorridentemente.

O MEU CORRETOR ORTOGRÁFICO

                                                                     endicottdesigns



Fiquei cansada de lutar com ele. E pensando bem, não encontro razão para o fazer. Ao fim e ao cabo, é com ele que convivo todos os dias, tornou-se uma espécie de alter-ego. Até ao ano passado, ainda tinha a obrigação institucional de me adaptar ao acordo, enquanto professora, por causa dos alunos. Ficou-me o tique.

E como o meu corretor aceita umas novidades do acordo e discorda de outras, fico sempre na dúvida se hei-de concordar com o corretor ou com o acordo. É uma luta infinda. Como sou escritora e escrevo muito, é uma luta permanente. Mas o meu corretor ajudou-me. O material, como dantes ouvia dizer os grandes, tem sempre razão. Observando o seu comportamento, foi claro que se um simples corretor que não chega aos calcanhares dos humanos se dá ao luxo de ter caprichos e incoerências, porque não os hei-de ter eu? Se até sou uma mulher livre, uma vez que me divorciei do Ministério da Educação?! É verdade que lhe pago uma considerável pensão de alimentos, mas pronto, é o preço pela minha liberdade. 
Assim, baixei os braços, desisti da luta com esta entidade que me sublinha as palavras de vermelho segundo a inspiração do momento, e vou passar a escrever as palavras como bem me apetecer. Criando, em parceria com o meu corretor, o meu próprio acordo ortográfico. É que posso estar em desacordo com todos os acordos, mas comigo terei de concordar sempre. Mesmo na incoerência. Mesmo na imperfeição. Porque tenho toda a vantagem e interesse em dar-me bem comigo. E não há acordo e já não há Ministério nem sereia que me convençam do contrário.

terça-feira, 6 de maio de 2014

EULÁLIA ou O QUE ARTE CURA

É, ao mesmo tempo, uma terra que me foi berço e o nome de uma figura da mitologia cristã.
Como a maior parte das representações de santos, aparece em várias versões segundo as terras, as épocas, os artistas, mas tem algo em comum: o livro, a pena.
Efetivamente, Eulália (Eu-lalia) provém do grego e tem algo a ver com eloquência no falar, um bom discurso, qualidade de bom orador. "Eu" é um prefixo conotado com algo positivo, bom ou bem, "lalia" tem o significado de "fala".
Por todas estas razões (intelectuais e sentimentais), a escolhi para nomear este blogue que tem como propósito divulgar um trabalho na área da Escrita Criativa com uma dimensão Curativa que venho desenvolvendo há muitos anos como professora e escritora, mas com ênfase cada vez maior na dimensão curativa.
Na verdade, o trabalho criativo tem uma dimensão profundamente curativa e pretendo difundi-lo cada vez mais na vertente que melhor conheço que é a a literatura: oral e escrita.

Como cheguei aqui, alguns dados:

Licenciada em Literatura Românica, lecionou em várias escolas de Lisboa, nomeadamente nos últimos 14 anos da sua carreira na Escola Secundária Artística António Arroio.

Foi orientadora de estágio pedagógico (Português/Literatura) durante dez anos em várias escolas.

Desde 1994 começou a publicar romance, novela e conto (cerca de 17 publicações, até hoje) , de que destaca: A Criança Suspensa, Prémio Ferreira de Castro e O Aniversário, Prémio Revelação APE/IPBL.

Foi também premiada na poesia pela Sociedade de Língua Portuguesa.

Tem escrito artigos sobre outras artes, crónica, teatro, canção, ópera, cantata e musical e para dança. Colaboração com os compositores Paulo Brandão, Jorge Salgueiro e Amalgama Companhia de Dança.

Orientou escrita criativa na Associação Agostinho da Silva e tem conduzido workshops nesta área no festival internacional UnityGate, pontes entre o Oriente (a partir de Macau) e o Ocidente organizado pela Amalgama.

Na sequência de cerca de vários anos de aprofundamento em “Rebirthing”, fez formação nesta área na Escola Luso-Brasileira Marinélia Leal, e vem exercendo esta terapia desde 2011.

Fez ainda formações com: Leonard Orr, Bob Mandel, Fanny Van Laere e Sondra Ray.

Em 2014 fez formação em TACA com Bob Mandel.

Concebeu, criou e coordena o Curso “Cuidar” a funcionar na ESMTC, onde leciona as disciplinas de “Rebirthing e uma nova disciplina totalmente inédita :“Escrita Cura Criativa” que alia a sua vertente de curadora com a sua experiência de professora de literatura e escritora. Leciona duas das oito áreas de que se compõe o curso.

Com os seus alunos (na escola e nos cursos que vem ministrando) veio espontaneamente a apurar a sua experiência e prática de ensino da Escrita numa perspetiva ao mesmo tempo Criativa e Curativa, num formato absolutamente inédito e original em que as suas vertentes de terapeuta, escritora e professora estão presentes.

Fez ainda formações em outras áreas terapêuticas, diferentes, mas complementares:

Lise Bourbeau (Écoute ton corps), Rowland Barkley (As 12 fitas do DNA), Maria Flávia Monsaraz (1º ano de Astrologia do Quiron), Paulo Guerra (Astrologia Cármica), Jornadas de Medicina e Espiritualidade, Isabel Ferreira (Um curso em Milagres), Luísa Sousa Martins (Zen-shiatsu), Wong Kiew Kit e Deolinda Fernandes (Qi-Gong).

Em 2011 concluiu os Seminários I, II e III em Cura Reconectiva e Reconexão com o Dr Eric Pearl, sendo terapeuta certificada em cura Reconectiva e Reconexão.

Mantém um blogue literário:

http://aluzdascasas.blogspot.com/

outro de divulgação terapêutica:

http://diz-mecomonasceste.blogspot.com/

e ainda um site:

http://risoletacpintopedro.wix.com/risoletacpintopedro